O termo em inglês, às vezes de difícil compreensão para alguns, Supply Chain significa literalmente cadeia de suprimento que faz referência aos processos de importação ou exportação de uma empresa, desde a compra de sua matéria prima até a entrega do produto pronto ao destino final.
Exatamente pelo fato de possuir tantas ligações e intermediários, o processo se torna bem complexo, sendo necessário seu monitoramento de perto em todo o momento, a fim de evitar imprevistos e problemas que possam chegar até o cliente final.
No comércio exterior, ele começa pela simples compra de um insumo que seria utilizado na produção de um item importado ou não, pelo seu armazenamento, embalagem e logística desde a negociação e escolha de um bom fornecedor, bem como sua distribuição.
Grandes multinacionais ao longo do mundo, possuem um departamento chamado Supply Chain Management (SCM) que contrata, cuida e coordena toda essa cadeia a começar pelos prestadores de serviços que serão utilizados, porém é muito importante conhecer alguns aspectos fundamentais para dar maior segurança a esse modelo.
Na importação é fundamental contar um uma rede de fornecedores de confiança, que será auditado frequentemente pelo departamento de qualidade da empresa para demonstrar o nível de eficiência na entrega do produto ao transportador responsável pelo embarque.
Mas quais são realmente as vantagens do Supply Chain pode oferecer?
– Evita custos operacionais que não foram contabilizados no processo através da escolha de melhores parceiros logísticos fazendo antecipadamente a contratação dos serviços, buscando sempre valores compatíveis com o mercado, sem esquecer da qualidade oferecida.
– Para que isso ocorra, é importante requisitar aos parceiros, agentes de cargas responsáveis, relatórios de KPIs que demostrarão o lead time da carga desde sua prontidão até a chegada em portos e aeroportos, até o termino da contratação do serviço.
– Cada contratação spot, pode gerar um custo adicional ao produto final impactando também a performance/volume negociado durante o período.
– Negociação de Bids anuais, busca redução de valores e fixa custos de fretes para que o produto final não sofra tanto com as oscilações de fretes ao longo do ano.
– Uma vez que há menos oscilações de preço na cadeia de suprimento, a empresa fica à frente do mercado, tornando-se mais competitiva e atrativa para seu cliente.
– É um departamento que pensará de forma estratégica, porém é fundamental envolver outros departamentos na empresa que também terão contato com esses prestadores de serviços buscando um alinhamento das expectativas.
– A tecnologia está muito presente em todos os processos do comex, portanto vale a pena trabalhar com quem está preparado para essa tendência de mercado.
– Monitorar os indicadores de todos os parceiros logísticos como despachantes aduaneiros, agentes de cargas, armadores, transportadores, armazéns, entre outros ajuda a otimizar processos internos e mitigar problemas que possam ocorrer, já que os esforços para buscar informações sobre onde a carga está, previsão de chegada e demais dados sobre o processo, estarão disponíveis no sistema e em tempo real para várias pessoas ao mesmo tempo.
– Através de uma plataforma de visibilidade, por exemplo, o importador pode gerenciar a sua logística internacional com simplicidade, eficiência e agilidade de ponta a ponta, além de obter resultados, alguns já falados anteriormente como:
- Visibilidade em tempo real dos seus embarques até o processo aduaneiro;
- Alertas sobre atualizações automáticas para cada etapa da operação;
- Gerenciamento de riscos de forma eficiente;
- Redução de custos;
- Ganho de vantagem competitiva;
- Otimização das atividades cotidianas;
- Planejamento estratégico;
- Gestão do risco de ruptura de estoque — e muito mais.
Através destas tecnologias inovadoras, a solução permite que você monitore as principais informações da sua operação a qualquer momento e em qualquer dispositivo, de forma 100% online e em tempo real, desde o embarque da carga, até o desembaraço aduaneiro e sua entrega.
Portanto, o Supply Chain Management (SCM), uma disciplina que estuda meios para serem aplicados na gestão das operações, sendo que sua complexidade faz indispensável o uso destas tecnologias, afinal, não se pode conceber a gestão de operações interligadas e de natureza distintas que prescinde dos recursos mais modernos.
Graças aos recursos que alguns prestadores colocam à disposição, é possível integrar diferentes canais de distribuição e marketing, materializando a sequência de operações logísticas.
Portanto, é disso que a SCM trata: integrar as diversas fases que compõem a Supply Chain e que a colocam em um patamar evolutivo superior, se comparada com a logística.
As soluções de SCM estão, com o passar do tempo, cada vez mais moderna, pois os negócios de diferentes portes entenderam a importância de contar com uma gestão da cadeia de suprimentos informatizada que acompanhe as evoluções tecnológicas e atenda, de maneira assertiva, as demandas internas e externas.
Deste modo, essa solução passou a ter um caráter tão imprescindível, que, anualmente, a consultoria Gartner (consultoria americana fundada por Gideon Gartner em 1970) passou a divulgar um ranking com as 25 empresas que mais se destacam nesse processo.
Podemos considerar uma lista de cinco empresas abaixo que investem neste setor e que tiveram resultados bem positivos.
- Cisco Systems
- Colgate-Palmolive
- Johnson & Johnson
- Schneider Electric
- Nestlé.
Ainda que não estejam nas primeiras colocações, Walmart (8), Nike (13) e Coca-Cola (18) possuem cases de sucesso que valem o destaque:
Walmart
Foi uma das primeiras empresas do mundo a implementar a entrega via drone, mas o modelo ainda precisa de ajustes e melhorias, pois consegue suportar apenas cargas de até 3kg e voar distâncias de, no máximo, 5,5 quilômetros.
Nike
Após investir em uma solução que faz uma análise preditiva de varejo e uma detecção de demanda, a gigante do vestuário esportivo conseguiu otimizar sua logística e garantir aos clientes entregas em até dois dias na sua sede em Los Angeles.
Além disso, a Nike já conta com o sistema de identificação via radiofrequência (RFID) em quase 100% dos seus produtos, o que ajuda que a marca tenha uma melhor gestão do seu estoque, por exemplo.
Consumidores satisfeitos agradecem pela eficiência proporcionada pelos bons serviços prestados pelas grandes indústrias.