Exportação de commodities no Brasil

A exportação é uma poderosa ferramenta que uma nação possui para alcançar a prosperidade e o bem-estar de seus cidadãos.

Dentro da lógica econômica, de maneira resumida é bem simples entender que se um país vende muito mais da compra, conseguirá obter um volume de riquezas interessantes para a geração de empregos, investimentos e oportunidades de novos negócios.

O Brasil vem ano após ano ganhando notável destaque no cenário do comércio internacional, principalmente no que diz respeito à exportação de commodities. 

No texto de hoje vamos conhecer mais sobre este importante aspecto da economia nacional e entender o cenário internacional das commodities.

As vendas internacionais são uma constante necessidade para a saúde econômica do Brasil.

As grandes exportações brasileiras

A grande questão está em adentrar em um mercado global, com competição acirrada com outras grandes potências mundiais que, em muitos casos estão buscando exportar bens similares aos brasileiros.

Esta competitividade internacional faz com que a disputa por ofertar os melhores preços reduzam as margens e forcem as empresas exportadoras a buscarem os melhores negócios na relação custo-benefício. 

Neste quesito, as chamadas “grandes exportações”, ou seja, operações com um volume muito grande de produtos exportados são a solução encontrada para que mesmo com um preço menor, ainda seja possível obter lucro e garantir contratos de longo prazo para fornecimento de bens.

A importância do agronegócio para a economia

Quando se fala em negócios com grandes volumes de carga envolvidos, o agronegócio com certeza se destaca como sendo um dos principais expoentes no cenário internacional brasileiro.

O agronegócio pode ser compreendido como a soma total das operações de produção e distribuição de suprimentos agrícolas, das operações de produção na unidade de produção, do armazenamento, do processamento e da distribuição dos produtos agrícolas e dos itens produzidos por meio deles.

É importante destacar que uma nação exportadora como o Brasil precisa atentar para o equilíbrio necessário entre a venda ao exterior, e ao mesmo tempo o abastecimento do mercado interno. 

O agronegócio brasileiro mostra toda sua força ao garantir não somente o abastecimento do país, como também um protagonismo nos grandes volumes exportados por empresas brasileiras.

No ano de 2021, o agronegócio brasileiro representou 27,4% do PIB (Produto Interno Bruto).

Dados da exportação brasileira

Mas falando em exportação, você sabe o que o Brasil mais exporta? 

Vamos desbravar um pouco dos números da Balança Comercial de 2021 divulgado pelo Governo Federal sempre ao térmico de cada ano fiscal.

O Brasil bateu recorde de superavit em 2021, selando a série histórica com U$61,2 bilhões de superávit.

O superávit ocorre quando a exportação de produtos brasileiros supera a importação. 

Dentre os principais itens exportados pelo país, estão: 

  1. Minério de Ferro (42,2 Bilhões);
  2. Soja (37,3 Bilhões);
  3. Óleos brutos de petróleo (27,4 Bilhões);
  4. Açúcares e melaços (8,5 Bilhões);
  5. Carne Bovina (7,4 Bilhões);
  6. Farelos de Soja (7,2 Bilhões);
  7. Óleos combustíveis de petróleo (6,6 Bilhões);
  8. Demais produtos – Indústria de Transformação (6,4 Bilhões);
  9. Carnes de aves (6,3 Bilhões);
  10. Celulose (6,1 Bilhões).

O resultado histórico se deu muito por conta do aumento do total exportado, com um crescimento de 34,2% em comparação com o ano anterior.

As exportações de commodities representaram 67,7% de todo o volume exportado pelo país, e mesmo tendo uma queda de 1,8% dos volumes de produtos exportados, o comércio exterior brasileiro se beneficiou da variação de 38,9% dos preços das commodities para aumentarem os resultados de vendas internacionais deste item comercial.

O que é uma commoditie?

Vimos então que as commodities representam a maior “fatia do bolo” das exportações brasileiras, mas vamos descobrir então de uma vez por todas o que significa este termo.

A commodity é por definição, segundo o dicionário Oxford Languages: 

  • qualquer bem em estado bruto, ger. de origem agropecuária ou de extração mineral ou vegetal, produzido em larga escala mundial e com características físicas homogêneas, seja qual for a sua origem, ger. destinado ao comércio externo.
  • cada um dos produtos primários (p.ex., café, açúcar, soja, trigo, petróleo, ouro, diversos minérios etc.), cujo preço é determinado pela oferta e procura internacional.
  • qualquer produto produzido em massa.

Em outras palavras, consideram-se commodities todos os bens que não apresentam características de terem recebido processos de industrialização e são negociados em grandes volumes, por serem necessários para a produção de outros produtos. São normalmente bens em seu estado bruto.

Commodities no mercado internacional

As commodities representam um fator de destaque na economia internacional. 

Há inclusive, diversos fundos de investimentos focados apenas neste tipo de bem, por características especificas deste tipo de ativo. 

Um dos pontos de atenção, é a variação dos preços das commodities que podem variar de acordo com questões além das fronteiras nacionais. A precificação das commodities acontece de acordo com regras de demandas do mercado internacional, ou seja, caso um país consumidor tenha algum problema interno que afete a demanda por determinada commoditie, o preço de venda para o produtor brasileiro é impactado, isto mesmo se tratando de venda para o mercado nacional.

Por conta desta volatilidade, aliada aos altos valores envolvidos nestas transações internacionais, investidores e especuladores financeiros estão cada vez mais atentos à corrida das commodities entre os países produtores.

Nova Ordem Mundial das Commodities

Dois grandes fatores mundiais estão ajudando a remodelar o negócio mundial de commodities, a pandemia do Covid-21 e o conflito entre Rússia e Ucrânia.

Os produtores de commodities perceberam com esses dois grandes fenômenos que havia no cenário internacional uma grande dependência de alguns países específicos acerca de itens de importância elevada.

Bons exemplos foram os equipamentos de EPI’s, respiradores e materiais médicos que estavam concentrados nos fornecedores chineses durante o auge da pandemia. Além disso, como exemplo mais recente vemos a concentração do fornecimento de fertilizantes por parte da Rússia e Ucrânia, que impactou diretamente no curto prazo o agronegócio brasileiro. 

Como resposta a esta constatação, especialistas em economia internacional apontam movimentos cada vez mais crescentes de uma redistribuição do fornecimento dos principais insumos utilizados pelas indústrias no mundo. 

O que se espera é que as grandes concentrações de poder comercial de alguns países sejam mais bem balanceadas, uma vez que essa dependência por commodity tende a diminuir da mesma forma que a exploração de outros produtos tende a aumentar.

Apesar das consequências negativas, grandes oportunidades surgiram com a guerra na Rússia e Ucrânia para países p

A exportação é uma poderosa ferramenta que uma nação possui para alcançar a prosperidade e o bem-estar de seus cidadãos.

Dentro da lógica econômica, de maneira resumida é bem simples entender que se um país vende muito mais da compra, conseguirá obter um volume de riquezas interessantes para a geração de empregos, investimentos e oportunidades de novos negócios.

O Brasil vem ano após ano ganhando notável destaque no cenário do comércio internacional, principalmente no que diz respeito à exportação de commodities. 

No texto de hoje vamos conhecer mais sobre este importante aspecto da economia nacional e entender o cenário internacional das commodities.

As grandes exportações brasileiras

As vendas internacionais são uma constante necessidade para a saúde econômica do Brasil.

A grande questão está em adentrar em um mercado global, com competição acirrada com outras grandes potências mundiais que, em muitos casos estão buscando exportar bens similares aos brasileiros.

Esta competitividade internacional faz com que a disputa por ofertar os melhores preços reduzam as margens e forcem as empresas exportadoras a buscarem os melhores negócios na relação custo-benefício. 

Neste quesito, as chamadas “grandes exportações”, ou seja, operações com um volume muito grande de produtos exportados são a solução encontrada para que mesmo com um preço menor, ainda seja possível obter lucro e garantir contratos de longo prazo para fornecimento de bens.

A importância do agronegócio para a economia

Quando se fala em negócios com grandes volumes de carga envolvidos, o agronegócio com certeza se destaca como sendo um dos principais expoentes no cenário internacional brasileiro.

O agronegócio pode ser compreendido como a soma total das operações de produção e distribuição de suprimentos agrícolas, das operações de produção na unidade de produção, do armazenamento, do processamento e da distribuição dos produtos agrícolas e dos itens produzidos por meio deles.

É importante destacar que uma nação exportadora como o Brasil precisa atentar para o equilíbrio necessário entre a venda ao exterior, e ao mesmo tempo o abastecimento do mercado interno. 

O agronegócio brasileiro mostra toda sua força ao garantir não somente o abastecimento do país, como também um protagonismo nos grandes volumes exportados por empresas brasileiras.

No ano de 2021, o agronegócio brasileiro representou 27,4% do PIB (Produto Interno Bruto).

Dados da exportação brasileira

Mas falando em exportação, você sabe o que o Brasil mais exporta? 

Vamos desbravar um pouco dos números da Balança Comercial de 2021 divulgado pelo Governo Federal sempre ao térmico de cada ano fiscal.

O Brasil bateu recorde de superavit em 2021, selando a série histórica com U$61,2 bilhões de superávit.

O superávit ocorre quando a exportação de produtos brasileiros supera a importação. 

Dentre os principais itens exportados pelo país, estão: 

  1. Minério de Ferro (42,2 Bilhões);
  2. Soja (37,3 Bilhões);
  3. Óleos brutos de petróleo (27,4 Bilhões);
  4. Açúcares e melaços (8,5 Bilhões);
  5. Carne Bovina (7,4 Bilhões);
  6. Farelos de Soja (7,2 Bilhões);
  7. Óleos combustíveis de petróleo (6,6 Bilhões);
  8. Demais produtos – Indústria de Transformação (6,4 Bilhões);
  9. Carnes de aves (6,3 Bilhões);
  10. Celulose (6,1 Bilhões).

O resultado histórico se deu muito por conta do aumento do total exportado, com um crescimento de 34,2% em comparação com o ano anterior.

As exportações de commodities representaram 67,7% de todo o volume exportado pelo país, e mesmo tendo uma queda de 1,8% dos volumes de produtos exportados, o comércio exterior brasileiro se beneficiou da variação de 38,9% dos preços das commodities para aumentarem os resultados de vendas internacionais deste item comercial.

O que é uma commoditie?

Vimos então que as commodities representam a maior “fatia do bolo” das exportações brasileiras, mas vamos descobrir então de uma vez por todas o que significa este termo.

A commodity é por definição, segundo o dicionário Oxford Languages: 

  • qualquer bem em estado bruto, ger. de origem agropecuária ou de extração mineral ou vegetal, produzido em larga escala mundial e com características físicas homogêneas, seja qual for a sua origem, ger. destinado ao comércio externo.
  • cada um dos produtos primários (p.ex., café, açúcar, soja, trigo, petróleo, ouro, diversos minérios etc.), cujo preço é determinado pela oferta e procura internacional.
  • qualquer produto produzido em massa.

Em outras palavras, consideram-se commodities todos os bens que não apresentam características de terem recebido processos de industrialização e são negociados em grandes volumes, por serem necessários para a produção de outros produtos. São normalmente bens em seu estado bruto.

Commodities no mercado internacional

As commodities representam um fator de destaque na economia internacional. 

Há inclusive, diversos fundos de investimentos focados apenas neste tipo de bem, por características especificas deste tipo de ativo. 

Um dos pontos de atenção, é a variação dos preços das commodities que podem variar de acordo com questões além das fronteiras nacionais. A precificação das commodities acontece de acordo com regras de demandas do mercado internacional, ou seja, caso um país consumidor tenha algum problema interno que afete a demanda por determinada commoditie, o preço de venda para o produtor brasileiro é impactado, isto mesmo se tratando de venda para o mercado nacional.

Por conta desta volatilidade, aliada aos altos valores envolvidos nestas transações internacionais, investidores e especuladores financeiros estão cada vez mais atentos à corrida das commodities entre os países produtores.

Nova Ordem Mundial das Commodities

Dois grandes fatores mundiais estão ajudando a remodelar o negócio mundial de commodities, a pandemia do Covid-21 e o conflito entre Rússia e Ucrânia.

Os produtores de commodities perceberam com esses dois grandes fenômenos que havia no cenário internacional uma grande dependência de alguns países específicos acerca de itens de importância elevada.

Bons exemplos foram os equipamentos de EPI’s, respiradores e materiais médicos que estavam concentrados nos fornecedores chineses durante o auge da pandemia. Além disso, como exemplo mais recente vemos a concentração do fornecimento de fertilizantes por parte da Rússia e Ucrânia, que impactou diretamente no curto prazo o agronegócio brasileiro. 

Como resposta a esta constatação, especialistas em economia internacional apontam movimentos cada vez mais crescentes de uma redistribuição do fornecimento dos principais insumos utilizados pelas indústrias no mundo. 

O que se espera é que as grandes concentrações de poder comercial de alguns países sejam mais bem balanceadas, uma vez que essa dependência por commodity tende a diminuir da mesma forma que a exploração de outros produtos tende a aumentar.

Apesar das consequências negativas, grandes oportunidades surgiram com a guerra na Rússia e Ucrânia para países produtores de commodities, principalmente da América Latina.

Segundo dados divulgados pelo Bank of América (BofA), alguns fatores em conjunto possibilitam a entrada de países como o Brasil adentrarem com ainda mais força no mercado internacional de commodities. 

Os aspectos mencionados pelo BofA são o aumento dos preços das commodities, a alta taxa Selic que motiva o investimento internacional e a independência da Rússia e Ucrânia, com exceção dos fertilizantes. 

Isto faz com que os países sul-americanos potencializem ainda mais as exportações de óleo de soja bruto, minério de chumbo, grãos e minério de ferro.

rodutores de commodities, principalmente da América Latina.

Segundo dados divulgados pelo Bank of América (BofA), alguns fatores em conjunto possibilitam a entrada de países como o Brasil adentrarem com ainda mais força no mercado internacional de commodities. 

Os aspectos mencionados pelo BofA são o aumento dos preços das commodities, a alta taxa Selic que motiva o investimento internacional e a independência da Rússia e Ucrânia, com exceção dos fertilizantes. 

Isto faz com que os países sul-americanos potencializem ainda mais as exportações de óleo de soja bruto, minério de chumbo, grãos e minério de ferro.

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